04 maio, 2011

Texto escrito nos meus quinze anos:

"Não queira saber mais do que nem eu sei sobre mim. Interrogo-me todos os dias e sempre continuo na mesma. Para onde fugirei de mim? Para onde correr? Se me persigo nas minhas covardias. Firo-me no meio, de um modo sem fim, sem começo, sem ao menos me dar chance de interferir...
Tropeço no desejo insano de buscar o eu que merece ser feliz. Sou quantas? Posso prosseguir? Onde estou, quem sou?
Sou eu me achando em mim e buscando um jeito de não te ferir.
Não posso "me" ser com você, não posso ser o seu querer... Ninguém é capaz de viver por viver. Não quero fazer parte do seu chão, não quero colher a mesma flor. Não me coloque em sua vida. Aqui ninguém poderá ser... Porque eu sou aquilo que busco, não na sua imaginação, mas não esqueça você poderá ser feliz. Ainda que falasse, seria sem conotação. Ainda que expressasse, seria sem intenção. Porque o que realmente sei é que não posso te ferir, mais do que a mim. Embora a verdade seja tão cruel quanto à mentira que te digo: eu não te amo."

Nossa! Minha confusão de menina acabou. Acho!


2 comentários:

  1. Desde de sempre vc é boa nas palavras. Não achei confuso, até me identifiquei!

    Bjss.

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  2. "Tropeço no desejo insano de buscar o eu que merece ser feliz. Sou quantas? Posso prosseguir? Onde estou, quem sou?"

    Uma garota adolescente, com inocencia de criança, e sentimentos de Mulher !!!

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Receberei seu comentário com muito carinho. Obrigada!