Desperta em mim alguma coisa, não como algo que é dado e depois tomado.
Mas sim como planta com raiz, como flor que desperta no jardim cheia de si, que precisa ser cuidada, regada.
Desperta em mim o seu mundo. Deixa-me entrar pela porta da frente, não arrume nada, me deixa ver como és, sem artifícios, sem moldura, sem pintura, sem disfarce.
Desperta em mim o desejo de arrumar a casa, preparar e sentar à mesa, e deitar na sua cama.
Desperta em mim a beleza simples, de cara lavada, de pés no chão, cabelos soltos.
Desperta em mim o desejo de viver mais cem anos de mãos dadas com a sua.
Desperta em mim a sede que não é de água.
Desperta em mim o voo sem asas.
Desperta em mim o amor.
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