17 janeiro, 2012

Aço


Acabrunha e não me deixa.
Aumenta minha covardia.
Sinto-me temulento.
Os pensamentos são desconexos.
Não há comando, não há licença.
Irrefletido, mal pensado.
Gasto, menor, ínfimo.
Mas não perdido, não caçado.
Talvez aprisionado.
Alento é o que preciso.
Aço é o que entrou em mim.
Não enternece, não derrete.
Choro sangue, choro medo.
Aço que espreme.
Acaba, afunda.
Meu grito no silêncio não fala.
Não ecoa, não sai.
Preso, peso.
Aço: dor no peito.



2 comentários:

  1. Isso!!! Coragem. Coragem. Coragem!

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  2. Entrou em meu coração como espada...

    Simplesmente maravilhoso!!
    Bjos Dria, sempre inspirada.

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Receberei seu comentário com muito carinho. Obrigada!