É na carreira que se diz o que se é.
É na caminhada que se leva a bagagem, as traias.
É na estrada que se aprende crescer e escrever
histórias.
São os golpes que moldam nosso caráter, uns aprendem
a se sobressair dos atoleiros, outros se afundam como minhocas, misturando-se a
própria lama.
É na carreira dos caminhos,
não na carreira da pressa ou da graduação. Porque nenhuma, nem a outra diferem
a presença do bem maior que possa existir em cada um.
Na caminhada deixamos nossa significante afeição
com o que realmente vale. E o que vale?
Uma valência é o recanto do descanso, descanso por
inteiro, sem mancha, sem mágoa, sem o peso triste de viver por viver.
Chegar lá na frente com a certeza que a trilha foi
transformada pela beleza própria, não por artifícios do vazio de quem ficou a
espera do bonde. Um bonde que não faz parada, simplesmente segue a procura de
quem sabe que existe um ponto final, mas enquanto não trilha esse curso, não se
chega a lugar algum, muito menos se faz grande.
A grandeza do percurso está em colher de cada
situação o aprendizado e que nem tudo depende exclusivamente de nós, mas que caminho
escolhemos traçar e, mais ainda, com que caminhamos.
Façamos
nossas escolhas.