Arco íris

       Muitas vezes ter que fazer uma escolha é uma questão difícil. Muito mais pelo fato de não sabermos qual será o resultado. Ou, até mesmo, porque podemos nos magoar. E bem pior que ser magoado, é magoar alguém. Seja lá qual for à necessidade de escolha, o princípio é fazer a sua verdade. 

     Façamos nós: cada qual a escolha de sermos o mais correto possível, senão com o outro, com o nosso eu. É só com a escolha certa que poderemos ver o arco-íris.

        Outro dia me vi na diferente arte de parar ou continuar certa atitude. Como eu poderia saber o que fazer ou não fazer, já que pouco pude calcular o feito através do tempo. Meu tempo não corre: evapora para outro dia e quando me dou conta, já foi. Como posso saber escolher? Consulto meu coração! Quando algo me incomoda, atrapalha, faço uma análise profunda das consequências. E minha consciência é sempre minha linha certa.

        Aprendi muito cedo que cada um responde por si, e minhas decisões são minhas, só minhas. Fossem quais fossem eu teria que assumir e corrigir meus disparates. Claro que é bom ouvir alguém. Mas hoje eu já sei tomar decisões, ora acerto, ora erro. Mas nunca culpo o destino, ou o outro pelas minhas falhas.

      Quem de nós têm a máxima certeza de prosseguir em uma caminhada sem pisar em espinhos? Eu pelo menos descobri que isso é impossível. Cada caminho percorrido é uma tarefa cumprida e totalmente nova no meu viver. Seja ela florida ou apenas deserta. 

        Acredito que o arco íris está logo ali, a dois passos de mim.

 Luiz Filipe Varella - Flickr