O ano é novo, mas nós não. Os problemas continuam maiores ou menores; o trabalho é gratificante ou maçante; os estudos em nova fase ou repetentes; as contas fixas são as mesmas, só que com algumas a mais (compras de natal, IPTU, IPVA...), os juros, as taxas é que são maiores; o novo salário-mínimo é bem menor (e põe menor nisso) comparado com os salários dos políticos. O ano é novo e as “guerras” são antigas; a fome de igualdade, fraternidade são encanecidos, porém esquecidos.
O ano é novo, nós é que somos mais velhos.
O que é novo em mim é a esperança. Renovo-me em crer que tudo que se trata de sentir, possa vir a ser melhor.
Luto com meu egoísmo, que é velho, por sinal, e cada ano é novo em força, vem mais gigante. Luto por me fazer calar com minha boca maior que eu, tenho mania de não ficar calada, o que muitas vezes magoo pessoas e até eu mesma. Luto para ser mais justa e a injustiça que vejo mundo afora é tão pujante. É como ventania levando as folhas, sem fazer força. Luto contra meus medos e se supero um, vem dois, três...
Vou superando e errando tudo de novo. Entro no Ano Novo pedindo perdão e buscando sentir o novo em mim.
Mundo estranho! Cadê o novo na união? Vamos acreditar que no novo tudo irá mudar. Porque novo é tempo de confiar.
Ano Novo em idade velha, ano de 2012. O que o torna novo? Será o recomeçar? Que seja! Farei novos planos, terei mais confiança, farei novos amigos, colocarei mais amor no antigo amor, assim me sentirei nova no novo, de novo e quantas vezes eu puder chegar.