Como
a maioria das pessoas fazem no final do ano, nós do Caap também fizemos: saímos
para jantar. Cheguei a casa correndo tomei banho, peguei uma blusa emprestada
da minha filha, coloquei uma calça jeans, que é comprida demais e não fica bem
com sapato baixo. Catei um tamanco que tenho há pelo menos 10 anos (sim, tudo
isso!), mas é lindo, pois me deixa mais alta e, claro, isso favorece qualquer
mulher. O incrível é que antes ele me machucava, mas agora não, pelo contrário,
me dava uma sensação de leveza...
Como
é bom estarmos entre amigos, ainda mais para comer, rir... E lá estavam minhas
meninas: Marina, Simone e Ana Paula, e conosco estavam também meu marido,
Miguel, o Altinho, digo Valtinho, Edilson e um amigo da Simone.
Do
estacionamento para o salão do restaurante tem uma escada que subi
tranquilamente com meu tamanco lindo.
Conversa
vai, conversa vem, fomos nos servir no buffet e novamente meu caminhar foi
tranquilo, leve, tipo assim "Gisele Bündchen".
Logo
depois de comermos chamei as meninas para irmos ao toalete e a Ana Paula, com
aquele par de "zóios" que tem, disse calmamente:
– Dri, seu tamanco está
descascando!
Quando
abaixei os olhos vi aquilo. Meu Deus! Parecia que eu havia chutado todas as
pedras do caminho de uma vida inteira. Medonhamente meu tamanco estava se
desfazendo. Parecia que eu andava e eles afundavam (essa era a leveza que eu
antes sentia). Saiam lasquinhas pelo chão.
Pedi
para uma amiga ficar na minha frente e a outra atrás, como se isso escondessem
os meus pés. Sabe aquela sensação que todo mundo ali olhava para mim, ou pior,
para os tamancos? Eu, logo eu, que prezo os sapatos. Como pode acontecer isso?
Não
preciso dizer quanto minhas amigas riram. Mas eu que não sou de entregar as
chuteiras, digo os tamancos, aproveitei o resto da noite.
Um
brinde aos amigos e aos sapatos!